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Tal como acontece noutras ilhas do Grupo Central dos Açores, a designação de “mistério” aplica-se a um campo lávico, de terreno rochoso e improdutivo, formado na sequência de uma erupção vulcânica presenciada pela população, ou seja, uma erupção histórica. Trata-se, neste caso, das escoadas lávicas do tipo aa do Mistério da Urzelina, originadas aquando da erupção de 1808. Estas lavas foram emitidas das Bocas de Fogo (ou Caldeirinhas), um conjunto de crateras localizado na cordilheira vulcânica central da ilha e movimentaram-se para sul ao longo das encostas, tendo atingido o mar nesta zona da Urzelina. A erupção de 1808 teve início em Maio e foi antecedida de diversos sismos sentidos pela população. A atividade explosiva foi responsável pela abundante queda de cinzas sobre a Urzelina e Manadas e as escoadas lávicas basálticas destruíram várias casas e a igreja, da qual resta uma torre sineira, que se ergue como testemunho silencioso daquela erupção. Este geossítio do Geoparque Açores tem relevância nacional e interesse científico, pedagógico, cultural e geoturístico.
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