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As arribas da ilha de São Jorge são altas, de declives acentuados e possuem usualmente “fajãs” na sua base, quer sob a forma de fajãs lávicas, quer segundo depósitos de gravidade as sociados a movimentos de massa de vertente, as designadas fajãs detríticas. As altas arribas da costa SE entre as fajãs dos Vimes e a de São João (a maior da costa sul) são debruadas por diversas fajãs detríticas, cuja dinâmica evolutiva é potenciada por períodos de maior pluviosidade, sismos mais energéticos (como os de 9/jul/1757 e de 1/Jan/1980) e a presença de falhas de orientação NNO-SSE e ONO-ESE, como é o caso da Falha Urze-São João, que se prolonga por 25 km de extensão na zona leste da ilha. Os microclimas que caracterizam muitas destas fajãs e a abundância de água (incluindo ribeiras e cascatas), favorecem o uso agrícola dos terrenos e permitem culturas de excelente qualidade e raras nos Açores, como é o caso do café. Estes ex-libris da geopaisagem jorgenses constituem um geossítio do Geoparque Açores, com relevância nacional e interesse científico, pedagógico e geoturístico.
38º 34'30''N 27º 53'59''W > VER MAPA |
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